memórias


“Longos dias após terem partido do vale e deixado a Última Casa Amiga milhas atrás, ainda continuavam subindo. Era uma trilha difícil, uma trilha perigosa, um caminho tortuoso, solitário e comprido. Agora podiam contemplar atrás de si as terras que haviam deixado, estendendo-se lá embaixo. A oeste, muito longe, onde as coisas pareciam azuis e apagadas, Bilbo sabia que estava a sua terra, de coisas seguras e confortáveis, e a pequena toca de hobbit. Teve um calafrio. Fazia um frio cortante lá em cima, e o vento soava estridente por entre as rochas. Às vezes grandes pedras despencavam pelas encostas das montanhas, libertadas do gelo pelo sol do meio-dia, e passavam pelo meio deles (o que era uma sorte) ou sobre suas cabeças (o que era assustador). As noites eram desconfortáveis e frias, e eles não ousavam cantar ou falar muito alto, pois os ecos eram esquisitos, e o silêncio parecia não gostar de ser interrompido – exceto pelo barulho da água, pelo gemido do vento e pelo trincar das pedras.”                      TOLKIEN, J. R. R., O Hobbit.
capa original da primeira edição


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Lobo pintura: http://www.etsy.com/listing/154056157/wolf-art-print-painting-wolves-timber

melancolia

Amargamente doce, a melancolia percorre a decoração e  os objetos que escolhemos de forma a trazer um tempero nostálgico. Muitas vezes torna-se reconfortante por seu teor imutável e seguro.

"She was dressed in rich materials-satins, and lace, and silks- all of white. Her shoes were white. And she had a long white veil dependent from her hair, and she had bridal flowers in her hair, but her hair was white. Some bright jewels sparkled on her neck and on her hands, and some other jewels lay sparkling on the table."
-DICKENS, Charles, Great Expectations.